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A agricultura do futuro na visão dos jovens produtores do presente


Os sentimentos da nova geração de agricultores frente às mudanças impostas no setor será tema de debate no segundo dia do 29º Seminário Cooplantio, que ocorre de 2 a 4 de junho no Centro de Eventos do Hotel Serrano em Gramado (RS). No painel As percepções do jovem na evolução da agricultura, que será mediado pela jornalista Lizemara Prates, dois produtores gaúchos e uma argentina vão contar suas experiências e falar das expectativas de comandar as ações das propriedades rurais.

A gestora do Programa de Prospecção da Asociación Argentina de Productores en Siembra Directa (Aapresid), Juliana Albertengo, será uma das participantes da discussão. Engenheira Agrônoma formada pela Universidade Nacional de Rosário e mestranda na Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, também é a responsável técnica pelas lavouras de propriedade da família. Ela explica que a geração atual tem mais facilidades em lidar com as novas tecnologias, inclusive compartilhando o conhecimento e as informações com mais velocidade do que nas gerações anteriores.

Juliana afirma que esta também é uma geração de maior cuidado no uso dos recursos naturais, trabalhando na melhoria da qualidade do plantio direto para deixar um solo melhor para os agricultores do futuro. "O que é dos nossos pais serão dos nossos filhos e das futuras gerações. Temos que cuidar os nossos recursos naturais para que os próximos, que vêm, tenham algo muito melhor do que temos hoje", salienta.

A administradora rural e bacharel em Zootecnia Juliana Castilho também vai participar do debate. Da segunda geração de produtores da família, atua focada na produção de arroz, pecuária de corte, genética Angus e soja. Iniciou na gerencia da pecuária de corte e hoje desenvolve trabalhos de planejamento estratégico e financeira da propriedade em Rio Grande (RS).

Para Juliana, as novas tecnologias, que são muito utilizadas pelos jovens, são importantes ferramentas para agregarem valor ao conhecimento do campo. Entretanto, a produtora acredita que o melhor ensinamento ainda está na conversa com os mais experientes. "Acredito que a internet seja uma forma rápida para buscar informações, mas é necessária a troca de experiências com os mais velhos e os mais eficientes na produção. A sabedoria sobre os nossos campos é a coisa mais importante", ressalta.

Também participa do debate o engenhheiro agrônomo Hércio Agranionik. Ele faz parte da quarta geração da Fazenda Agranionik, em Erechim (RS), que tem uma produção centenária. A família atua com semente de soja e produção de grãos de soja, milho, trigo e aveia além do gado de corte.

Para o produtor, as tecnologias atuais são mais um motivo de atração para as novas gerações permanecerem no campo. Mas um dos pontos chaves para o interesse dos jovens é a confiança entre as gerações na hora de organizar os processos dentro da propriedade. "A comercialização, a produtividade e os processos dentro da propriedade desde a compra de insumos, produção e armazenagem evoluíram. Mas o mais importante foi a evolução das pessoas, a necessidade de demonstrar as ideias e envolver equipe na compreensão dos objetivos e das metas de trabalho", explica.

O Seminário Cooplantio continua com inscrições abertas até o dia 28 de maio e podem ser feitas pelo site www.cooplantio.com.br/seminario.

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