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O futuro da agricultura passa pelo compartilhamento de conhecimento


O olhar do presente e do futuro da agricultura foi apresentado no segundo painel do dia no 29º Seminário Cooplantio, que se realiza no Centro de Eventos do Hotel Serrano, em Gramado (RS). As experiências de três jovens produtores rurais do Brasil e da Argentina foram contadas no debate As Percepções do Jovem na Evolução da Agricultura.

Da Argentina, a gestora do Programa de Prospecção da Asociación Argentina de Productores en Siembra Directa (Aapresid), Juliana Alberetengo, falou sobre a experiência de sua propriedade, que está na quinta geração de agropecuaristas. Sobre a participação dos jovens na entidade argentina, afirma que a média de idade de participação em eventos e seminários da Aapresid é de 38 anos, o que mostra uma renovação na agricultura local. Estes jovens se utilizam das redes sociais para troca de informações. "Estamos mais conectados que as gerações anteriores. Temos grupos em redes compartilhando conhecimento e ajudando a nos processos de produção", afirma.

O proprietário da Fazenda Agranionik, Hércio Agranionik, de Erechim (RS), deu um relato sobre o trabalho centenário da propriedade, especializada na produção de soja, trigo e gado de corte. A propriedade conta com duas unidades: uma em Quatro Irmãos e outra em Benjamin Constant do Sul, que somadas chegam a 2,3 mil hectares. Para o produtor, o principal fundamento para o sucesso na produção é o planejamento e o compartilhamento das informações entre todos os gestores e funcionários. "É preciso planejamento antes de executar a lavoura para se ter uma harmonia no processo. Todos precisam ficar sabendo de tudo que vai acontecer nesta organização", salienta.

Da Metade Sul, a produtora Juliana Castilho, de Rio Grande, contou a experiência da Agropecuária Proteção, de Rio Grande, que conta com 2,7 mil hectares na produção de arroz, soja e gado Angus. Ela faz parte da segunda geração de produtores e toca os negócios juntamente com os pais e irmãs. Entre as características dos jovens produtores, segundo a agricultora, estão a capacidade de lidar com imprevistos, pro atividade e especialmente humildade, pois prega a ideia de que é preciso explorar as inovações e as sabedorias de vida dos antecessores. "Precisamos desta humildade para aprender com os mais velhos e unir esta inovação com a experiência dos nossos pais", ressalta.

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