As exportações de arroz em março, que ultrapassaram as 142 mil toneladas, conforme números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), representando uma alta de 186% em relação à fevereiro, foram comemoradas pelo setor arrozeiro gaúcho. Um dos motivos desta alta foi a saída de 61,7 mil toneladas de arroz branco para o Iraque.
Conforme o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles, esta elevação vem em um bom momento especialmente depois de dois meses tímidos na exportação do grão. Além do país do Oriente Médio, o mercado africano para o arroz quebrado também foi destaque no mês passado. "No mês de março tivemos um número bastante expressivo principalmente por causa desta operação com o Iraque que desencadeou no embarque de dois navios. Entretanto, pelos meses que tivemos abaixo da média, chegamos volume estável de 60 mil toneladas por mês", salienta.
Em outra ponta, as importações de arroz foram de 45,8 mil toneladas, 4% a menos que fevereiro. O principal parceiro comercial do país vem sendo o Paraguai, responsável por 72% deste volume, ou seja, 33,1 mil toneladas. Além disso, a Guiana vem aparecendo como um importante mercado de importação, com 7,95 mil toneladas. Para Dornelles, o fato indica que a demanda pelo grão está aquecida. "Isso vem em uma época muito boa, na parte final da colheita e, especialmente, para a região sul do Estado, que está colhendo uma boa safra e a demanda da exportação vem provocando alta nos preços", observa.