O aumento de 20% nos recursos do Plano Agrícola e Pecuário 2015/2016, anunciado pelo governo federal nesta terça-feira, 2 de junho, é um reconhecimento da eficiência do setor agropecuário, que registrou crescimento de 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre do ano. A avaliação é do presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), Paulo Pires.
Conforme o dirigente, a questão de manutenção dos recursos e dos prazos de pagamento reforça a importância do setor para a economia brasileira. "Foi levada em conta a relevância do agronegócio para a economia, enquanto outros setores apresentaram números negativos. Não adianta colocar o pé no freio em uma atividade que está andando bem", salienta.
O lado negativo, de acordo com Pires, ficou por conta do aumento dos juros. Em alguns programas, como o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), os juros quase dobraram, passando de 4% para 7,5%. Mesmo assim, o presidente da FecoAgro/RS destaca que os produtores rurais, dentro dos seus limites, deverão buscar os recursos oferecidos pelo governo. "De uma forma geral já era previsto este aumento de juros, mas o produtor, com a elevação dos custos de produção, terá um pouco mais de cautela", analisa.
A expectativa agora deverá ser o Plano Safra da Agricultura Familiar, que será anunciado no próximo dia 15 de junho. Pires ressalta que muitas das cooperativas gaúchas também se utilizam dos recursos do Prograna Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).