Os produtores de arroz que querem alongar as parcelas de custeios já podem se dirigir ao Banco do Brasil para renegociar o vencimento dos meses de julho e agosto para novembro e dezembro. Segundo informação já recebida pelo presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles, as agências já estão operando com a determinação e instruções de procedimento da medida divulgada no dia 8 de junho.
O dirigente reforça que, além da prorrogação, os arrozeiros podem tomar recursos do Financiamento para Estocagem de Produtos Agropecuários Integrantes da Política Geral de Preços Mínimos (FEPM), com juros a 6,5% ao ano até o dia 30 de junho - em julho passa para 8,75% - dando liquidez para pagar as duas primeiras parcelas. "A indicação da Federarroz é que os produtores se organizem para fazer a escolha certa. O produtor precisa pensar bem antes de fazer a opção em função de seus fluxos de caixa para não gerar problemas futuros, recomenda, acrescentando que os produtores devem ter consciência que as prorrogações aumentam o risco das operações aos bancos e que dificultam aos gerentes de conta para realizar aditivos no momento de introdução de um novo custeio.
Dornelles lembra também que o Banrisul anunciou a prorrogação por 60 dias o pagamento das primeiras parcela do custeio da safra 2014/2015. O presidente da Federarroz salienta que já era prevista esta medida após a iniciativa do Banco do Brasil. "A Federarroz seguirá trabalhando com o objetivo de aumentar estas adesões e que se dê sequência a ações para que o mercado siga uma tendência de recuperação, que vem subindo em níveis tímidos, mas com viés de alta", salienta.
Conforme o Indicador Arroz em Casca ESALQ/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa, o preço da saca de 50 quilos vem registrando altas, mesmo que lentas, após o anúncio da medida de renegociação. No dia 8 de junho o valor era de R$ 33,18 e na última segunda-feira, 22 de junho, a saca já estava em R$ 33,71.