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AgroEffective/FecoAgro-RS

Retorno pontual das chuvas ameniza preocupações dos produtores de trigo


As chuvas pontuais que chegaram ao Rio Grande do Sul nesta semana trouxeram alento aos produtores de trigo do Estado. As altas temperaturas registradas no Rio Grande do Sul e o tempo seco das semanas anteriores prejudicaram o desenvolvimento das lavouras que foram afetadas em algumas regiões. Mas o retorno das precipitações fez com que o desenvolvimento das lavouras se normalizasse.

Conforme o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), Paulo Pires, a altas temperaturas apuraram o ciclo produtivo e agravaram incidência de doenças, tornando a lavoura ainda mais cara para o produtor. Especialmente as lavouras que foram plantadas no período final da janela do zoneamento agrícola sofreram no desenvolvimento vegetativo por causa da falta de umidade. "Quanto ao trigo mais do cedo, os produtores estão realizando os tratos culturais, mas as altas temperaturas das últimas semanas prejudicaram o potencial das lavouras", observa.

A maior preocupação está na possibilidade de chuvas em excesso a partir da fase de floração, especialmente com a previsão dos meteorologistas de um El Niño severo. O temor é de novas perdas na cultura, assim como no ano passado, quando os problemas climáticos trouxeram uma quebra de 42% em relação ao ano de 2013, o que deixou os triticultores com um pé atrás em relação ao plantio, ocasionando em uma redução de área.

Sobre o mercado, Pires informa que contratos futuros para a venda do cereal já começaram a ser feitos, mas ainda de forma tímida. O presidente da FecoAgro/RS acredita que os produtores que colherem um produto de qualidade terão resultados econômicos positivos. "Ainda é muito cedo para falar sobre preços, pois são muitas as variáveis que teremos pela frente como o câmbio, o clima, entre outras", explica.

O último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado em 11 de agosto, indica que a área gaúcha teve uma redução de 21,3%. Nesta safra foram plantados 897,2 mil hectares contra 1,140 milhão de hectares semeados em 2014. A produção deve ter uma evolução e chegar a 2,36 milhões de toneladas, elevação 55,7% frente à 1,51 milhão de toneladas do período anterior, lembrando que o crescimento expressivo se dá em cima da grande frustração na colheita passada por causa do clima.

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