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AgroEffective/FecoAgro-RS

Projeções da safra gaúcha estão dentro da esperada pelas cooperativas


O incremento na área de soja no Rio Grande do Sul de 3,14% para a safra de verão 2015/2016, projetada pela Emater/RS, está dentro do esperado também pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS). Para a entidade, o grande desafio para o produtor é o aumento no custo de produção da oleaginosa. Devido à elevação nos preços de itens que compõem os custos, como fertilizantes, o momento é de cautela.

O presidente da FecoaAgro/RS, Paulo Pires, afirma que com relação à produtividade, ainda não não é possível mensurar, já que os dados dependem bastante de como o clima irá se comportar. Lembra que existe uma perspectiva de El Niño, o que teoricamente favoreceria a cultura da soja. “Pode ser que tenhamos uma coincidência boa com aumento de área e de produtividade, apesar de que dificilmente iremos repetir um ano tão excepcional em termos de produtividade como na safra passada. As áreas técnicas das cooperativas colocam isso com muita propriedade”, garante.

Para o milho, Pires salienta que o aumento da área de soja sobre a cultura é uma tendência. A projeção da Emater é de redução de 9,73%. Observa, no entanto, que com relação à produção, o Estado caminha para o plantio do milho de pivô de irrigação, que tem alta produtividade.

O cenário é semelhante para as diversas culturas, com preços achatados devido, principalmente, à desvalorização cambial. O dirigente explica que se pegar em valores reais de cotações internacionais, soja e milho caíram muito, e os preços do mercado interno são camuflados por esta desvalorização. “Sem dúvida nenhuma o produtor vai ter uma safra com números bem diferentes ano passado em termo de rentabilidade”, ressalta.

Existem produtos que dependem mais do mercado interno e no caso do milho isso é mais acentuado, o que levou o produtor a migrar para a soja, o que tem sido uma tendência nos últimos anos. Segundo Paulo Pires, o Rio Grande do Sul tem atualmente cerca de 14% da área de soja com milho, que representa um valor muito pequeno já que o percentual de rotação recomendado é de, no mínimo, de 15% a 20%, principalmente para um bom esquema de plantio direto. “Isso podia ser diferente, já que o milho é uma cultura importante, principalmente no Estado, que é um grande consumidor, mas os preços baixos desestimulam o produtor que opta por uma cultura mais segura e que hoje apresenta mais rentabilidade”, salienta.

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