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AgroEffective/Federarroz

Programa Arroz na Bolsa aumenta oferta em segundo leilão


A Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM) realiza na próxima quinta-feira, dia 22 de outubro, o segundo leilão privado de arroz em casca por meio de pregão eletrônico. Serão ofertados 75,4 mil sacos do produto certificado pela Emater/RS. A oferta é superior à do primeiro leilão realizado no dia 1º de outubro. O programa Arroz na Bolsa faz parte de acordo assinado entre a BBM e a Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz), Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Emater/RS e o banco e corretora Banrisul. Para este leilão houve um aumento nos prazos para pagamento do produto que passa de dois para 15 dias. O presidente da Bolsa Brasileira de Mercadorias, Giuliano Ferronato, afirma que esta dilatação permite também a participação das tradings. Segundo ele, isso vai facilitar e trazer maiores compradores dentro do sistema. “Os corretores da BBM se conscientizaram que é uma das formas de melhor divulgação e amplitude dessas ofertas e se engajaram para elevar a oferta de arroz no próximo leilão”, observa. A expectativa é que os preços fiquem mais próximos ao do mercado hoje, R$ 0,50 a R$ 1,00 acima da tabela do Centro de Estudos Avançados de Economia Aplicada (Cepea), que está em torno de R$ 40,52. Ferronato explica que com isso será possível conseguir um melhor resultado no leilão. Garante que no anterior, o sistema foi perfeito na questão de oferta, pagamento, liquidação e retirada do produto. “Todo o produto estava batendo com a classificação feita pela Emater/RS, ou até alguma coisa melhor”, salienta.

Conforme Ferronato, toda a cadeia produtiva do arroz está esperando que o próximo leilão seja um sucesso. Acredita que haverá uma maior procura porque o setor está mais familiarizado com a sistemática desse tipo de venda. “Esperamos que logo venha o terceiro leilão e com uma oferta superior aos quase 80 mil sacos de arroz em casca que serão colocados no dia 22”, enfatiza.

O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles, também ressalta que os ajustes realizados para o próximo leilão foram construídos ouvindo o produtor e a indústria com o objetivo de chegar a um denominador comum que seja bom para o mercado. “Isso é o que tem de melhor nesse programa que é a consciência de buscar algo comum”, garante.

Além da dilatação de prazos, outra questão acordada é a disponibilidade em meio digital da classificação da Emater/RS. Segundo Dornelles, é um ponto facultativo ao vendedor, mas a Federarroz está conscientizando aos produtores que façam a identificação do produto através do nome do produtor, o local onde está armazenado e a variedade. O objetivo é dar mais segurança aos compradores.

O dirigente da federação explica que existem características bastante distintas entre produtores e entre regiões. “Mesmo sendo em uma micro-região, como por exemplo, em Alegrete, existem diferenças. Na Região Norte do município é uma determinada qualidade de produto e na região Sul é outra. Então para dar mais segurança na tipificação do produto, estamos solicitando aos produtores que façam a identificação e se identifiquem se acharem oportuno, com o objetivo de dar mais transparência ao processo. Na nossa opinião quanto maior transparência, melhor para ambos os lados”, enfatiza Dornelles.

O presidente da Federarroz lembra que a oferta poderia ser maior, mas a falta de energia nas áreas rurais de alguns municípios comprometeu a certificação da Emater/RS, em decorrência das chuvas e vendavais no Estado.

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