A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), por meio de nota enviada aos produtores e compartilhada em seus canais de comunicação, está orientando os orizicultores a não aceitarem ofertas abaixo de R$ 41,00 para produtividades acima de 7,5 mil quilos por hectare e R$ 44,00 para produtividades abaixo deste número.
Segundo o presidente da entidade, Henrique Dornelles, a alegação se deve aos custos da safra atual, que vem em uma crescente com o aumento de componentes como energia e combustíveis. "O efeito baixista do mercado é meramente posição especulativa que deve ser considerada pelos produtores como altamente nociva ao equilíbrio do setor, sendo que o momento é de escolhas qualificadas das relações comerciais estabelecidas pelo produtor", afirma.
A nota atualiza os fundamentos de mercado aos produtores e associações de arrozeiros. Entre as informações repassadas ao setor, estão as de que os estoques de passagem do Brasil ao final da safra 2015/2016 devem ser de 100 mil toneladas e a produção total brasileira será inferior 300 mil toneladas em relação ao consumo. Além disso, o saldo comercial do arroz (março a janeiro 2016, entre exportações e importações) já supera as 820 mil toneladas, o que equivale à produção total do Paraguai. As exportações também estão aquecendo o mercado, com Nigéria e Gana reabrindo as portas para o Brasil. "Recentemente soube-se de negócio, nas proximidades do Porto de Rio Grande, de R$ 45,00", salienta Dornelles.
O comunicado da Federarroz também lembra que a a produção brasileira está adequada com consumo do país, garantida a segurança alimentar. Sobre recursos, reforça que o Banco do Brasil já opera com disponibilidade de Financiamento para Estocagem de Produtos Agropecuários (FEPM) e pré-custeio mesmo para produtores que ainda não iniciaram a colheita. "Os demais agentes financeiros, além do Banco do Brasil, também estão sinalizando com crédito de comercialização ou alongamento no recebimento dos custeios atuais", observa o presidente da Federarroz
Durante a Abertura da Colheita do Arroz, em Alegrete (RS), o Ministério da Agricultura esclareceu que não adotará qualquer medida aptas á reverter queda de preços ao produtor. A Federarroz tem realizado reuniões, principalmente com o Banco do Brasil, com objetivo de esclarecer demandas e procedimentos nas quais estarão divulgando assim que possível em seus canais de comunicação.
Leia a nota: http://federarroz.com.br/noticia_detalhe.php?&in=970