O Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018, divulgado nesta quarta-feira, 7 de junho, pelo governo federal em Brasília (DF), em cerimônia realizada pelo governo federal, foi o Plano possível para o atual momento em que vive o país. Esta foi a avaliação do presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), Paulo Pires. No montante total, foram anunciados R$ 190,25 bilhões.
Na opinião do dirigente, a redução dos juros, que foram entre 1% e 2% dependendo da finalidade, poderia ser mais acentuada em função da inflação. Conforme Pires, o juro real é bem maior do que o ano passado, mas reconhece que houve um empenho por parte do Ministério da Agricultura, já que, por causa da situação econômica do Brasil, não tem espaço para baixar mais. "Nos juros dos investimentos, por exemplo, se fez o possível. Como estava antes era impossível realizar qualquer investimento", define.
Na questão do Seguro Rural, que contará com R$ 550 milhões, Pires avalia que o valor, mesmo que aumentando em relação aos R$ 400 milhões do ano passado, ainda é pouco para as necessidades dos produtores. "Em relação ao Seguro Agrícola o volume ainda é pouco e esta é uma política que deveria ser prioridade, pois se trata de um item estruturante e estratégico. Esperamos que este recurso esteja disponível o quanto antes", observa.
A expectativa a partir deste momento, de acordo com Pires, é que estes recursos estejam à disposição do produtor o mais rapidamente possível no sentido de poder fazer o planejamento da safra. "Não foi o Plano que sonhávamos, mas pelas circunstâncias, foi o Plano possível", afirma.
Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil