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Conexão Delta G

Mercado favorável no Brasil Central gera boa expectativa para a Primavera


Os remates da Temporada de Primavera da Pecuária Gaúcha começam na segunda quinzena de setembro com uma expectativa positiva, apesar de algumas situações não favoráveis à bovinocultura de corte ocorridas ao longo de 2017. Os associados da Conexão Delta G, que trabalham com melhoramento genético das raças Hereford e Braford, estarão participando de três remates em setembro e diversos outros durante o mês de outubro.

Grande parte dos leilões terão animais com dados genômicos para resistência ao carrapato. O presidente da Conexão Delta G, Eduardo Eichenberg, lembra que essa novidade é mais um fator para o criador pensar em diminuição de custos e redução de perdas por tristeza parasitária bovina decorrente da infestação de carrapatos. “A partir desses dados o objetivo é tentar imprimir no rebanho do criador esse gene da resistência. Não é um efeito imediato mas, se o produtor utilizar ano após ano animais resistentes, essa característica com o tempo vai sendo incrementada dentro do rebanho”, observa.

Eichenberg destaca que a previsão de uma boa Temporada de Primavera se deve ao momento do mercado no Brasil Central que está em uma curva ascendente, com o preço do boi gordo registrando um aumento muito forte em relação ao que vinha apresentando. Acredita que esse cenário mais favorável também vai começar no Rio Grande do Sul. Conforme o dirigente, os criadores devem ficar um pouco mais cautelosos na hora de comprar, esperar o comportamento dos preços nos primeiros remates, mas isso não deve comprometer a boa expectativa. “O mercado do boi gordo é o grande balizador do preço aqui no Estado e estando bem mais favorável no Centro do Brasil e, ao lado da demanda pela genética, principalmente do Braford, pensando em reprodutores ou fêmeas, e no Hereford na questão da inseminação artificial, gera a demanda necessária para pelo menos manter os mesmos níveis dos remates de 2016”, explica.

Para Eichenberg, esse é um ano em que o comprador de touros, o utilizador de genética, aquele que produz terneiros, que utiliza o insumo touro, deve mais do que nunca buscar os reprodutores que efetivamente vão trazer ganho no seu rebanho. Garante que esse não é um ano para experimentar, para comprar touro barato que vai refletir em prejuízo no futuro. Diz que as margens, por enquanto, ainda estão um pouco ajustadas, então não pode haver erro e por isso é importante buscar de criatórios que façam um trabalho sério, que ofereçam ao mercado ano após ano, independentemente de crise ou não, reprodutores de alta qualidade, bem apresentados, com dados consistentes e positivos. “Isso certamente vai produzir um bom terneiro a ser desfrutado no desmame ou uma boa fêmea que vai ser a matriz que ficará na fazenda por mais 10 ou 15 anos. Então não é o momento de cair na tentação do touro barato, sem dados, porque é uma economia que pode ocorrer no curto prazo, mas se tornar um prejuízo muito grande a longo prazo”, observa.

A Conexão Delta G apresentou na Expointer, nesta quinta-feira, 31 de agosto, durante a Expointer, a sua edição anual do Sumário de Touros. A publicação traz dados sobre animais das raças Hereford e Braford de diversas origens, com avaliação genética para características relacionadas à avaliação de desempenho, reprodução e adaptação de exemplares testados no programa de melhoramento genético da entidade. Grande parte da genética desses touros já estará disponível ao mercado a partir da próxima Temporada de Primavera da Pecuária Gaúcha.

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