A grande final do Movimiento a La Rienda, promovida pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), acontece no próximo sábado, dia 23, depois de um ciclo intenso de disputas. Uma das principais novidades é a mudança na data para a prova de encerramento que antes ocorria dentro da Expointer. Com a exclusividade da final na pista do Cavalo Crioulo no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), o Conselho de Provas Funcionais e a Subcomissão do Movimiento a La Rienda decidiram aumentar o número de vagas. Para as categorias Profissional e Amador que se dividem em A e B foram definidas 15 vagas no total, e para a Crioulos do Futuro houve um acréscimo de cinco para 10 finalistas.
A expectativa dos organizadores é muito positiva. Vinicius Trois Abreu, que divide a coordenação da Subcomissão do Movimiento a La Rienda com Luis Fagner Machado, acredita que será a final mais disputada e qualificada dos últimos anos pelo nível dos cavalos e cavaleiros que vão correr. “É uma final que está oportunizando um maior número de competidores, contando com um nível altíssimo na qualidade dos cavalos, e que vai oportunizar também avaliar as genéticas com melhor desempenho dentro das categorias do Movimiento a La Rienda. E, ainda, com a saída da Expointer, nós podemos até contar com uma final, por exemplo em 2018, com dois dias de provas criando um espaço cada vez maior para a modalidade em nível de Brasil, FICCC e ABCCC”, destaca.
Primeiro vencedor da categoria Amador A em 2011, Abreu salienta que as principais categorias do Movimiento a La Rienda são as Profissional A e Amador A, que têm um nível de exigência maior. Já as categorias B são de inclusão para novos ginetes e abrem uma opção para que eles evoluam como cavaleiros, como apresentadores. Na categoria Crioulos do Futuro, segundo Abreu, participam cavalos com quatro anos hípicos que não fazem o volapié, uma manobra de exigência extrema durante a prova.
O Movimiento a La Rienda é uma modalidade que conta com oito movimentos básicos de equitação e através da sua categorização prioriza cavalos e ginetes em nível inicial, intermediário e avançado de treinamento, e serve de evolução técnica como cavaleiro, ajudando, inclusive, para modalidades com grau de exigência ainda maior como o Freio de Ouro. “Como não é uma prova com a presença do gado, ela gira em torno da precisão dos movimentos. É uma prova extremamente técnica. Portanto, precisa de muita correção, pouca reação e precisão nos movimentos para obter, por meio da avaliação dos jurados, notas a partir da casa dos sete, oito, nove pontos,”salienta Abreu.
O coordenador da Subcomissão do Movimiento a La Rienda também enfatiza a questão do bem estar animal e garante que as embocaduras serão revisadas e lacradas. Abreu comenta ainda que para manter o esporte aquecido é preciso priorizar a qualificação dos jurados nas finais, assim como a infra-estrutura de Esteio e garantir uma ótima premiação para os finalistas. “A modalidade ainda é considerada uma prova em fomento e adaptação no Brasil, e são necessárias adaptações de regulamento, mas sempre vamos priorizar a qualificação das pistas, dos jurados, através do trabalho incansável das subcomissões, como sempre foi feito nos últimos anos, e que vai seguir com pessoas envolvidas, comprometidas e responsáveis”, enfatiza.
Confira a programação
22 de setembro de 2017 (Sexta-feira) 18h - Revisão dos animais 23 de setembro de 2017 (Sábado) 8h - Categorias Amadora “A”, Amador “B” e Crioulos do Futuro 14h - Categorias Profissional “A” e Profissional “B”
Foto: Everton Souza Marita/ABCCC/Divulgação