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Lojas agropecuárias no Paraná investem no mercado de energia solar


A energia elétrica, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), é um dos itens que mais pesa na planilha de custo dos produtores. Isso talvez explique porque a energia solar avança com velocidade no meio rural. E no sudeste do Paraná não tem sido diferente. Está se tornando comum encontrar as placas fotovoltaicas (sistema que captura a energia solar para transformar em energia elétrica) instaladas nas propriedades de produtores rurais do município paranaense de Mallet, situado a 230 quilômetros de Curitiba. Para Luiz Carlos Garstka, representante da Solar Inove no Sul do Paraná, a explicação para o grande interesse dos produtores rurais, além do alto custo da energia elétrica, está também no fato das condições de financiamento. “Muitas vezes o valor de uma parcela do financiamento do sistema completo é o mesmo da conta de luz no mês”, explica. A empresa catarinense Solar Inove é uma das poucas cadastradas e credenciadas pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) para fornecer o sistema de energia solar fotovoltaica. Por ser cadastrada no sistema do MDA, a empresa consegue possibilitar aos seus clientes diferentes linhas de crédito para financiamento. “Somos uma empresa tradicionalmente do setor agrícola, hoje 95% dos nossos clientes são produtores. Para ser cadastrado pelo MDA tivemos que atender diversas exigências e certificações, por isso, temos um produto diferenciado que pode ser financiado em até dez anos com juros de 2,5% ao ano”, afirma Fernando Ronchi, diretor da empresa. A linha de crédito que oferece mais facilidades é o Pronaf Eco, Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar direcionado para financiamento de energia renovável e sustentabilidade ambiental. Porém, cobre projetos com custos de até R$ 165 mil. Para projetos maiores de até R$ 3 milhões existem o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro) e o Programa de Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos Naturais (Moderagro). Segundo especialistas, a tendência é de que a energia solar seja uma das principais fontes de energia do futuro. Diferente do combustível fóssil (que é um recurso finito), os painéis são uma tecnologia cuja eficiência aumenta e o valor diminui com o passar do tempo. No Brasil, conforme a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), apenas 11 mil propriedades têm o sistema instalado. No agronegócio, a tecnologia vem sendo muito adotada por produtores de fumo, leite, aves e suínos, atividades que utilizam grande consumo de energia elétrica. No entanto, outros setores do agronegócio já vêm adotando o sistema fotovoltaico, o que faz o diretor da empresa catarinense ter um projeto audacioso. “A meta da Solar Inove é se consolidar até 2018 como o principal distribuidor de energia solar do Sul do país. Por isso, além do Rio Grande do Sul, estamos fomentando e fechando parcerias também no Paraná e em Santa Catarina”, revela Ronchi.

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