Com o objetivo de identificar de forma mais precisa reprodutores superiores, que venham a ser contratados por centrais de inseminação e utilizados de forma intensiva na pecuária nacional, a Conexão Delta G, associação que reúne selecionadores das raças Hereford e Braford, vem há anos promovendo o seu Programa Touro Jovem. Atualmente realizado em parceria com a Progen Inseminação Artificial, o programa consiste em identificar e selecionar, a cada ano, os melhores touros da Conexão Delta G, os quais são levados para coleta de sêmen na central.
As doses de sêmen desses touros são distribuídas aos associados, que as utilizam em seus rebanhos, gerando, através das análises de seus produtos, a avaliação genética desses touros. Dessa forma, é possível, a partir do desmame dos terneiros provenientes desse processo, avaliar a qualidade dos touros, identificando aqueles que produzem as melhores progênies. Esses são, então, contratados pela central para ter seu material genético comercializado, garantindo aos criadores em geral o acesso a uma genética realmente melhoradora. Segundo o presidente da Conexão Delta G, Eduardo Eichenberg, por meio dessa seleção é possível identificar com mais segurança os animais superiores dentro de cada safra, e que, além de superiores, produzam os melhores resultados.
Em termos práticos, o processo se inicia submetendo os touros a uma forte pressão de seleção, devendo os candidatos estar entre os 1% melhores machos com Certificado Especial de Identificação e Produção (Ceip) da geração. Na sequência, é feita uma simulação de acasalamento desses candidatos previamente selecionados com todas as novilhas da mesma geração (que irão entrar em cria aos dois anos de idade), através do Programa de Acasalamento Dirigido (PAD). “Após, se filtra os animais que nesses acasalamentos simulados produziram os melhores resultados e, então, é criada uma relação final de candidatos, os quais são, primeiramente, revisados pelos criadores, após, pelo técnico da Associação Brasileira de Criadores de Hereford e Braford (ABHB), e, finalmente, pela central de inseminação, quando, então, é feita a escolha dos reprodutores que irão para coleta”, ressalta Eichenberg.
O presidente da Conexão Delta G reforça a eficácia de todo esse processo de seleção de touros multiplicadores. “Muitos dos animais que lideram o Sumário de Touros da Conexão Delta G, nas suas várias edições, foram, nas suas respectivas safras, touros jovens, e, muitos desses são, também, filhos e netos de touros jovens. Se olharmos o Sumário 2017, o líder nos touros Braford, Capataz, foi touro jovem na sua safra, e, em 2017, um filho dele, de 2 anos, foi escolhido para o programa. Já o líder em 2016, Kibon, também foi escolhido para touro jovem em sua safra, e, em 2016, teve um filho escolhido para o programa. Isso mostra a consistência desse processo e coroa o trabalho que realizamos na entidade”, afirma.