Durante a visita do presidente da França, Emmanuel Macron, que esteve no Brasil na última semana de março, o cofundador da Elicit Plant, Olivier Goulay, que esteve na comitiva do mandatário do país europeu, anunciou investimentos em soluções dedicadas à cultura da cana-de-açúcar. Os investimentos da empresa francesa com operações no Brasil já chegaram próximos já a 5 milhões de euros.
A solução para os canaviais está em continuidade aos primeiros produtos comercializados no Brasil para milho e soja, que já provaram, por meio de pesquisas realizadas em diversas regiões brasileiras, seu valor explorando o potencial dos fitosteróis, moléculas naturais para melhorar a resistência das plantas aos estresses abióticos, especialmente ao estresse hídrico e térmico. A solução para a cana-de-açúcar também será desenvolvida a partir da plataforma tecnológica EliTerra da Elicit Plant, em parceria com vários atores-chave brasileiros e internacionais.
Dentro deste trabalho de desenvolvimento para tecnologias para a cana-de-açúcar, foi assinado um acordo com a Embrapa para o desenvolvimento do setor de Bioenergia. Goulay juntamente com a presidente do órgão, Silvia Massruhá, assinaram o acordo para a produção de cana-de açúcar com foco na proteção de Etanol. O objetivo é contribuir com desenvolvimento do setor de cana-de-açúcar para o combustível sustentável, frisando o compromisso em aumentar a produtividade e enfrentar os desafios das mudanças climáticas por meio de tecnologias inovadoras.
Conforme Goulay, o Brasil vem enfrentando de forma recorrente problemas de queda de rendimento devido à seca e às variações climáticas que afetam as terras cultivadas. "Nosso papel é apoiar as cadeias agrícolas brasileiras e oferecer, por meio de nosso avanço tecnológico único, soluções inovadoras nas quais o Brasil possa se apoiar. Há urgência em fornecer soluções a partir de 2024 para enfrentar a demanda futura de etanol derivado da cana-de-açúcar", explicou.
A Elicit Plant está presente no Brasil há três anos e vem atuando por meio de pesquisas para combater os desafios da produção agrícola diante das variações climáticas, do impacto do aumento das temperaturas e dos períodos de seca nas colheitas. "Diante desse fenômeno recente e particularmente acentuado, o setor agrícola no Brasil está mobilizado para remediar a falta de água e o aumento persistente das temperaturas. Nessa dinâmica de adaptação às mudanças climáticas, a Elicit Plant e seus parceiros estão comprometidos com o desenvolvimento de uma solução inovadora para apoiar a cadeia produtiva da cana-de-açúcar, cultura estratégica para a soberania alimentar e a demanda crescente por etanol", observou Goulay.
A agtech fez parte da delegação oficial, juntamente com outras nove empresas francesas. A soberania alimentar e os desafios econômicos estiveram no centro desta visita, de forma a debater os desafios para a França e para as empresas francesas envolvidas na adaptação da agricultura às mudanças climáticas.
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