As ações realizadas pela SLC Agrícola no projeto do Pacto em Defesa das Cabeceiras do Pantanal alcançaram repercussão importante junto às comunidades beneficiadas. As palestras sobre meio ambiente ocorridas em 17 escolas municipais do Estado de Mato Grosso, assim como os treinamentos para a recuperação de nascentes e áreas degradadas direcionadas aos agricultores foram muito bem recebidas.
O Pacto é uma aliança entre várias empresas e uma associação da região de Tangará da Serra, em parceria com a organização não-governamental WWF-Brasil. O seu objetivo é a recuperação de 700 quilômetros de rios e, pelo menos, 30 nascentes de uma área percorrida pelo rio Paraguai e afluentes.
No assentamento Antônio Conselheiro, situado entre os municípios de Barra do Bugres, Nova Olímpia e Tangará da Serra, o treinamento desenvolvido por Marcelo Linka, coordenador de Lavoura da Fazenda Paiaguás, uma das unidades da SLC Agrícola, localizada em Diamantino (MT), ganhou destaque. De acordo com Linka, a boa repercussão ocorreu devido às oficinas terem sido realizadas em propriedades onde havia problemas com degradação e que dependiam das nascentes para o consumo da água.
O coordenador de Lavoura apresentou aos agricultores o método chamado “Caxambu”, que se constitui em uma técnica de proteção e preservação da nascente, além do uso sustentável da água, utilizando procedimentos simples, de baixo custo e fácil acesso à comunidade. “Após essas oficinas, estamos ouvindo muitos relatos de produtores querendo aprender e colocar em prática o método de preservação de nascentes em outras propriedades do assentamento”, afirma.
A responsável pelo projeto "Pacto em Defesa das Cabeceiras do Pantanal" na SLC Agrícola, Paula Silvério, coordenadora Ambiental e da Qualidade da empresa, ressalta que as Secretarias de Meio Ambiente dos municípios de Sapezal e de Barra do Bugres foram ao assentamento para conhecer o método a fim de ensinar outras comunidades a utilizar as nascentes de forma sustentável. “O treinamento realizado por Marcelo Linka mostrou como aquelas pessoas podem utilizar uma nascente sem degradá-la para, por exemplo, suprir a necessidade por água potável, que muitas vezes não chega até as comunidades. O objetivo foi ensinar mostrar como dispor dos recursos naturais de forma a não prejudicar ou impossibilitar o seu uso no futuro”, enfatiza.
Paula também lembra a receptividade nas escolas das palestras sobre educação ambiental, falando da importância em se preservar o Bioma Cerrado e, consequentemente, o Bioma Pantanal. “Foi um encerramento de ano muito gratificante e 2020 será demais projetos socioambientais a serem desenvolvidos pela SLC Agrícola”, prevê.
O agente popular de meio ambiente, ligado à secretaria de Meio Ambiente do Estado de Mato Grosso, Odair José Tavares de Souza, conta que o treinamento para a preservação das nascentes contribuiu para conscientizar os produtores da região. Ele vive há 20 anos com os pais em um sítio no Assentamento Antônio Conselheiro e afirma que em sua propriedade já é realizado um trabalho para utilizar a água de forma sustentável. Como agente de meio ambiente, Souza desempenha o papel de orientar os produtores sobre a importância da preservação das nascentes. “As pessoas mudam o seu entendimento quando observam o que estamos fazendo e ensinando, e o treinamento do Marcelo Linka ajudou muito a entender que vamos precisar de água no futuro e, portanto, é fundamental preservarmos as nascentes”, salienta.
A secretária-executiva do Cides ARP - Consórcio Alto Rio Paraguai, Jackeline Souza, também destaca a importância das ações da SLC Agrícola junto às escolas e aos agricultores dos municípios contemplados. “O trabalho conseguiu transpor os muros dos estabelecimentos de ensino e chegar às casas dos alunos. Muitos levaram para os pais os ensinamentos que receberam. Portanto, podemos dizer que o nosso objetivo foi alcançado”, observa. “As crianças se envolveram muito, especialmente com a distribuição de gibis que retratam a matéria estudada. Em algumas escolas eles foram deixados à disposição nas bibliotecas”.
Jackeline informa que a receptividade também foi muito boa nas secretarias Municipais de Educação e com os professores que estavam em sala de aula e acompanharam todo o projeto. Segundo ela, o trabalho programado e desenvolvido pela equipe da SLC Agrícola obteve êxito. “Desde o material apresentado em sala de aula, os slides, a forma como os temas foram abordados utilizando um nível de linguagem para cada faixa etária, tudo foi excelente”.
A secretária-executiva do Cides ARP finaliza dizendo que também teve relatos de que em Tangará da Serra alguns produtores estão colocando em prática a orientação que receberam sobre a recuperação de nascentes. Conforme Jackeline, a vontade é de que o trabalho prossiga no próximo ano junto aos municípios do Consórcio que ainda não receberam as palestras e treinamentos, e este já é o desejo de várias secretarias municipais de Educação da região.
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