Apresentada ao público na última Expointer, a primeira burrata de queijo de búfala produzida no Rio Grande do Sul vem caindo no gosto do consumidor e recebendo elogios. Produzida pelo laticínio Kronhardt, de Glorinha (RS), o produto vem sendo reconhecido e abre um mercado na produção gaúcha de leite de búfala.
Conforme o diretor comercial da Laticínios Kronhardt, Filipe Signori, há uma aceitação muito grande dos clientes, que estão realmente gostando muito e sempre comentando sobre a cremosidade e o recheio da burrata. “Este é um produto que está muito em moda. Estamos nos principais restaurantes de Porto Alegre e tendo uma boa média de venda semanal”, destaca.
A expectativa, de acordo com Signori, é de crescimento entre 30% e 40% deste produto no verão. Além de excelentes propriedades naturais (como quantidade de proteínas e sais minerais), o leite de búfala tem 48% mais teor de sólidos que o leite de vaca, o que facilita a produção de derivados com menos matéria-prima. Além disso, seu gosto suave e adocicado é presente nos queijos e demais produtos, cada vez mais apreciados por consumidores.
Segundo a presidente da Associação Sulina dos Criadores de Búfalos (Ascribu), Desireé Möller, o leite de búfala representa 15% da produção mundial. “No Brasil, este número vem crescendo muito. São Paulo, Pará e Minas Gerais são os principais produtores de leite no Brasil. Desde a criação do Selo de Pureza pela Associação Brasileira dos Criadores de Búfalos (ABCB), em 2000, o leite teve crescimento de 549%. Segundo a Embrapa Gado de Leite, o crescimento do leite bovino foi de 57% no mesmo período”, salienta.
Além disso, conforme Desireé, é comprovado que o leite da búfala tem a beta-caseína A2A2, que não desencadeia reações inflamatórias no organismo que provoca a má digestão, possui vitamina A prontamente disponível, possui o dobro da partícula CLA (ácido linoléico conjugado) que é uma substância anticancerígena, além de ter mais proteína e minerais e menos colesterol.
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