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Calculadora avalia emissões de gases de efeito estufa na agropecuária gaúcha

Reunir dados já existentes sobre os sistemas produtivos na agropecuária gaúcha e cruzá-los com o conhecimento acadêmico disponível para mapear a real emissão de gases de efeito estufa do setor primário no Rio Grande do Sul. Esse é o objetivo do protocolo assinado na tarde desta quinta-feira, 29 de agosto, entre a empresa SIA – Serviço de Inteligência em Agronegócios, e a Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado (SEMA). O protocolo vai possibilitar o uso da ferramenta Calculadora do Balanço de Emissões de GEE no Setor Primário, desenvolvida pela SIA, para elaborar o Plano de Ação Climática para o Rio Grande do Sul.


Anunciado na programação da Expointer 2024, o protocolo permite que a SIA acesse os dados disponíveis nas instâncias públicas e oficiais, como as bases de dados das Secretarias da Agricultura e do Meio Ambiente, e cruze essas informações com os seus próprios dados, provenientes do atendimento de mais de 900 propriedades rurais ao longo de mais de quatro anos. Essa junção de informações será posta em linha com os parâmetros coletados por meio de variadas pesquisas desenvolvidas por universidades e instituições científicas. O resultado irá definir os níveis de emissão de gases de cada propriedade.


De acordo com o diretor executivo da SIA, Bruno Quadros, a sociedade e os órgãos de controle e administração sequer sabem se o sistema produtivo rural gaúcho é, de fato, um emissor de carbono. Muito menos em que medida a atividade está impactando a aceleração das mudanças climáticas. “Com esse cruzamento completo de dados, vamos conseguir dizer se uma propriedade é emissora ou não, se tem um balanço positivo ou negativo. E, mais importante, vamos conseguir determinar o que será preciso fazer para corrigir eventuais emissões excessivas”, explica Quadros.


A ferramenta digital foi desenvolvida para auxiliar os produtores na avaliação e redução de suas emissões, estimando o balanço de gases em propriedades rurais voltadas para sistemas produtivos baseados em grãos e pecuária leiteira e de corte. A assinatura do protocolo prevê o acesso a bancos de dados mais amplos, o que possibilita uma análise e uma geração de dados mais completa.


A secretária de Meio Ambiente do Estado, Marjorie Kauffmann, salienta que a assinatura do protocolo está inserida em um escopo maior, que é o da conformidade climática. Segundo ela, já foram identificadas algumas medições, principalmente de emissões e balanços, que estão distorcidas para a realidade do Rio Grande do Sul. Por isso, o Estado está investindo em pesquisas acadêmicas para verificar os sistemas produtivos agrícolas. “A calculadora recebe essas informações e nos diz qual a emissão real das propriedades. Essa será uma maneira rápida de contabilizar as emissões e, posteriormente, beneficiar as propriedades que contribuem para a mitigação e redução das mudanças climáticas”, completa.

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