Os trabalhos de preparação do solo para o plantio das primeiras oliveiras e da noz-pecã no Centro de Qualificação Profissional Minas do Camaquã, na região da Campanha gaúcha, iniciam a partir da metade deste mês de julho. O projeto da Associação Gaúcha de Professores Técnicos de Ensino Agrícola (Agptea) vai se desenvolver em Caçapava do Sul, (RS), junto ao Agptea Minas Hotel. O plantio deve começar em agosto.
De acordo com o presidente da Agptea, Fritz Roloff, até o momento o trabalho consistiu na remoção do eucalipto e análises do solo. “Estamos agora entrando na fase de adubação da área e depois será feita a preparação de covas, realizada com perfurador e um trator para otimizar tempo”, explica, informando que a coordenação de toda essa parte está sendo de responsabilidade do vice-presidente da entidade, o professor Celito Lorenzi, de Carazinho (RS).
Roloff ressalta que todo este trabalho que também envolve a questão do espaçamento das mudas, sua melhor colocação, tem que seguir as recomendações técnicas. “Nós queremos ser um Centro de Qualificação, portanto, temos que fazer de acordo com aquilo que hoje preconiza as boas práticas referentes a estas culturas”, observa.
Em relação à parte estrutural do empreendimento Minas do Camaquã, Fritz Roloff informa que estão sendo colocadas à disposição mais vagas no Agptea Minas Hotel. “O nosso objetivo é atender em nossos cursos em torno de 25 alunos e, ao mesmo tempo, que essa hospedagem não venha interferir na logística dos hóspedes do hotel. Para isso, estamos seguindo a metodologia usada muito na região da Serra, que é a utilização de containers. Eles são adaptados com uma logística muito interessante para hospedagem”, sinaliza.
Conforme o presidente da Agptea, a ideia é iniciar a partir do segundo semestre o primeiro curso de qualificação que “vai contribuir para uma outra realidade na região”. “Temos visto que alguns investidores nessas culturas, principalmente na produção de azeitonas, buscam realizar suas ações sempre de forma isolada”, comenta Roloff que destaca o papel do Instituto Brasileiro de Olivicultores (Ibraoliva) no sentido de unir essa classe, para que as ações aconteçam em conjunto. “Queremos nos somar a essa luta ao lado do presidente do Ibraoliva, Renato Fernandes, que tem sido um lutador incansável e vê como necessária a criação de um espaço de formação. É preciso ter a mesma linguagem e ações para que realmente se possa dizer que o azeite produzido no Rio Grande do Sul tem um diferencial”, conclui.
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