A Conexão Delta G se manifestou em nota contra a antecipação da retirada da vacina da Febre Aftosa no Rio Grande do Sul. Após deliberação junto aos seus associados, a entidade informou que o grupo, em sua maioria, levantou ponderações de questões técnicas, comerciais e políticas acerca do tema que vem preocupando os pecuaristas de corte atualmente.
Segundo o comunicado, a Conexão Delta G avalia que o Estado deve se estruturar melhor e os órgãos de fiscalização precisam estar com plena capacidade de atuação, tanto na prevenção quanto no caso de eventual foco quando da retirada. “Não vemos vantagens comerciais que superem o risco a correr. Não há dúvidas que devemos evoluir sempre, mas precisamos reforçar a base. Tivemos uma experiência de retirada da vacina fracassada há pouco tempo. Hoje somos o grande player na exportação de carne. O mundo olha para o Brasil e seria péssimo retornar ao status anterior, pois já passamos por isso e o efeito foi devastador”, diz o documento.
Para a entidade, o status sanitário é determinante para o mercado internacional e o calendário de retirada da vacina proposto pelo Ministério da Agricultura prevê mais um ano para que o Rio Grande do Sul altere seu status. “Dada a crise que nosso Estado passa, talvez seja uma boa oportunidade de aceitarmos com humildade nossas limitações e utilizarmos este prazo para efetivamente nos prepararmos para que este importante passo seja dado com segurança. A vontade da maioria dos produtores de continuar vacinando vem da insegurança, que poderá e deverá desaparecer com os acertos nos processos que ainda não estão bem estabelecidos”, conclui a nota.
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