O Plano Safra 2020/2021, que será lançado na próxima semana pelo Governo Federal, vem gerando uma expectativa muito grande no setor agropecuário. Uma das questões pendentes mais esperadas é em relação às taxas de juros que serão divulgadas para os programas que constam nas medidas que serão anunciadas.
Segundo o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), Paulo Pires, no momento se tem a menor Taxa Selic da história do Brasil, mas ainda com juros agropecuários nos mais diversos segmentos que são mais que o dobro da Taxa Selic. “Existe essa expectativa de adequação da taxa de juros proposta para o produtor com a Taxa Selic. Sabemos que a Selic é uma taxa de referência. O sistema financeiro hoje está cobrando juros maiores, por isso existe esta ansiedade do setor em o Plano Safra apresentar juros menores o que é uma expectativa do produtor e das cooperativas”, afirma.
Pires reforça que as cooperativas estão fazendo um papel importante neste momento da pandemia na questão de suprimento de alimentos não só do Brasil como do exterior, exportando para o mundo, por isso é fundamental que se tenha preservado e fomentado todos os tipos de recursos para as cooperativas agropecuárias. “Esta questão da pandemia nos remete a não saber o que vai acontecer após este período. O agro até agora não foi afetado, pois temos que plantar e colher e as pessoas continuam se alimentando então temos que produzir”, observa.
Mesmo que não seja pauta neste Plano Safra, o presidente da FecoAgro/RS ressalta também o fortalecimento do seguro rural como uma ferramenta importante para o setor. “Precisamos ter em mente esta questão para evitar problemas como o que está acontecendo no Rio Grande do Sul neste momento. Já fazem 60 dias da resolução de auxílio a estiagem e até agora os recursos não estão nos bancos para resolver os problemas das cooperativas e dos produtores”, destaca.
O dirigente também avalia que será fundamental a manutenção do volume equalizável por parte dos bancos. “Aquele recurso obrigatório para a equalização é fundamental, pois ele é o pilar de sustentação do crédito rural. Estamos brigando para que se mantenha este volume de 30% de exigibilidade como vem ocorrendo até hoje”, conclui.
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