Com um pouco de atraso devido ao excesso de chuvas no Rio Grande do Sul, criadores de ovinos estão em plena temporada de esquila no Estado. O trabalho, feito pelas comparsas, inicia com um preparo prévio para que o velo seja bem aproveitado e não conte com a presença de contaminantes.
Responsável pelo programa de certificação da lã da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), Sérgio Muñoz detalha pequenos cuidados que o produtor precisa ter antes de levar os ovinos para a cancha. “Galpão limpo, sem contaminantes, as ovelhas preparadas, retirada a parte queimada da urina das ovelhas, algumas ovelhas que foram marcadas, identificadas com tinta, se puder retirar manualmente, com a tesoura”, detalha o técnico. Outro cuidado é com os animais de pastagem, que comem muito verde, muito azevém, pois muitas vezes estes animais têm problema de diarreia e formam cascarria e, consequentemente, tem que ser retirada antes da esquila assim como a urina.
Ainda sobre o manejo, Muñoz recomenda esquilar todas as ovelhas por categoria, ou seja, quando esquilar ovelhas de cria, todas juntas, quando forem borregas, também, para essa lã ser bem identificada dentro das bolsas como determina o protocolo do programa de certificação da Arco. Ele também indica que, se o produtor quiser realizar o manejo veterinário, dar algum medicamento ou vermífugo neste momento, os animais já irão para o campo prontos.
Outro contaminante que aflora nesta época do ano, é a presença de flechilha no campo. “A flechilha é uma plantinha que contamina muito a lã principalmente na volta da queixada da ovelha, na parte de baixo das lãs e as lãs contaminadas com essa fibra vegetal perdem valor econômico”, explica. Munõz conta que sua propriedade possui a incidência deste vegetal, por isso, iniciou a esquila em outubro.
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