Antes cheias de ovinos das mais variadas raças, uma das pistas de julgamento ficou repleta de jovens estudantes na tarde desta quinta-feira, 31 de agosto. Todos estavam interessados em uma das profissões de maior destaque durante a Expointer: a de jurado. Responsáveis por lançar um olhar técnico e preciso sobre os animais concorrentes, o avaliador sela o destino dos criadores e determina quem perde e quem ganha nas feiras e exposições. Com o desafio de atrair os jovens estudantes para a ovinocultura, a Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco) realiza oficinas e cursos durante a programação da Expointer.
Ministrado pelo médico veterinário e inspetor técnico da Arco, Everson Bravo, o curso abordou detalhes sobre os critérios de julgamento, as exigências das feiras e as especificidades de cada raça. Para que os aprendizes visualizassem na prática as informações, Bravo utilizou três animais das raças Texel, Suffolk e Ideal – dois com maior aptidão para carne e um laneiro. De acordo com ele, o primeiro detalhe a ser observado nos animais que entram na pista é a cabeça, que revela muito sobre cada raça e sobre a qualidade do animal. A harmonia do corpo e o equilíbrio no andar também são fundamentais. “Independentemente da raça ou da feira, o jurado deve sempre ter claro os limites éticos da sua atuação e um grande respeito pelo animal e seu criador. Avaliar com o máximo de apuro e dedicação é um dever do profissional”, salienta Bravo.
Estudante de Medicina Veterinária na Urcamp, em Alegrete (RS), Alexsander Lopes vem se interessando cada vez mais pela ovinocultura e pretende se especializar e seguir carreira no setor. Na Expointer do ano passado, já havia participado do curso de jurado da Arco. Decidiu voltar neste ano para aprender mais. “Vi que os ovinos oferecem boas oportunidades de trabalho, é um setor em crescimento. Sempre quis me especializar em grandes animais e as ovelhas são promissoras”, diz ele.
Ao final do curso, os jovens receberam certificados da Arco.
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