Ações de incentivo à produção sustentável no campo e formas de monetização daqueles que as praticam serão temas de debate na segunda edição do South Summit Brazil. O evento, que será realizado em Porto Alegre (RS), no Cais Mauá, acontece de 29 a 31 de março.
Entre os speakers convidados está Davi Teixeira, sócio fundador e diretor da SIA, Serviço de Inteligência em Agronegócios. Ele participará do painel "Produção agrícola de alimentos em um futuro sustentável", na tarde do dia 29 de março. “É uma grande oportunidade para mostrar um pouco do trabalho de inteligência que a SIA realiza, do que a gente está desenvolvendo agora, neste cenário, com o mercado do carbono, da sustentabilidade, da monetização dos ativos sustentáveis e ver o que os outros estão fazendo”, conta Teixeira. Ele também quer realizar novas conexões e negócios.
A SIA atua há quase 13 anos junto a produtores rurais visando o processo de intensificação sustentável de sistemas agropecuários. “Este sempre foi o DNA da empresa, a adequação e a transformação do processo produtivo em propriedades rurais para as bases da sustentabilidade”, explica. Davi Teixeira conta, ainda, que de 2020 para cá, a empresa estruturou uma divisão de sustentabilidade, onde são desenvolvidos projetos, consultorias de inteligência e estratégias de mercado para o posicionamento de marcas e empresas para este setor. “Queremos conectar as partes, o produtor rural onde são minerados os ativos de sustentabilidade, as boas práticas agropecuárias, o balanço de carbono favorável ao meio ambiente, com o setor do business empresarial onde existe uma necessidade, muitas vezes de uma compensação dos passivos ambientais”, detalha o gestor.
Também no dia 29, mas no turno da manhã, quem fala no South Summit é Rafael Brauner, CEO da Agrigooders. Ele participa do painel “Crescentes criptomoedas podem expandir o agronegócio” e apresenta a moeda digital que visa monetizar o mercado global dos pagamentos por serviços socioambientais gerados pelos sistemas de produção agropecuários sustentáveis. Brauner avalia que há um oceano azul dentro do agronegócio para estes cripto ativos. “Conectamos a cadeia do agro, através de inteligência de dados e transparência, reconhecendo e monetizando de forma imediata as boas práticas sustentáveis”, explica.
Brauner conta que a Agrigooders fechou recentemente uma parceria com o Grupo de Trabalho Pecuária Sustentável (GTPS) para utilizar o Guia de Indicadores de Pecuária Sustentável (GIPS) como uma das ferramentas que o produtor pode preencher para receber Agrigooders. “É um grande passo que nós demos para a valorização e o desenvolvimento da pecuária sustentável no Brasil”, explica. No Rio Grande do Sul, Brauner destaca uma parceria com um grupo de produtores CITE 27, de Lavras do Sul. “Foi aplicada uma calculadora de carbono através de uma parceria que temos com a SIA e já tivemos resultados altamente satisfatórios em relação às emissões de carbono no Bioma Pampa”, relata.
Foto: Eduardo Rocha/Divulgação
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