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Especialista alerta para efetivo controle de gastos na produção de grãos

  • Foto do escritor: Redação AgroEffective
    Redação AgroEffective
  • 19 de fev.
  • 2 min de leitura
Foto: Jô Folha/Divulgação
Foto: Jô Folha/Divulgação

Um dos destaques do segundo dia da 35ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, nesta quarta-feira, 19 de fevereiro, foi o painel "Uma Análise dos Custos de Produção e Tendências de Mercado. O Que Vimos da Temporada 2023/2024 e o que podemos esperar de 2025/2026”. A palestra foi no auditório Frederico Costa, na Estação Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão (RS). O palestrante foi o engenheiro Agrônomo e Analista de Fertilizantes da Agrinvest Commodities, Jeferson Souza. Na moderação, o gerente de Marketing Bayer CropScience, Célito Rafael Sebold Huntemann, e o sócio da Agroriza Agricultura e Pecuária e diretor da Federarroz, Denis Dias Nunes.


Souza propôs explanar sobre a influência do clima na produção de grãos, comportamento das margens de lucro, balanço entre oferta e demanda, o segundo mandato do presidente norte-americano Donald Trump e a influência da geopolítica de preços e o biodiesel e etanol como alternativa interna para o mercado do milho. Souza iniciou mostrando um gráfico que aponta que, nos últimos 20 anos, o Brasil cresceu 239% na área de soja contra apenas 19% nos Estados Unidos. Em cinco anos, o Brasil adicionou 10 milhões de hectares de área de soja. No entanto, Souza revelou que o crescimento da área de soja no país não é uniforme. “No Norte, o crescimento foi de 424% e no Sul, 47%. O Rio Grande do Sul nos últimos anos cresceu 13% em área de soja devido a oscilações na produção do grão, o que influencia na organização da safra”, explicou.


Em relação aos Estados Unidos, Souza disse que o crescimento brasileiro da área de soja se dá basicamente por três fatores. “Clima favorável no Brasil, uma questão financeira, visto que a soja deu muito dinheiro nos últimos anos, e uma demanda pujante”, detalhou. O especialista orientou para a necessidade de o produtor focar no que está a seu alcance. “Se não dá para controlar o clima, foque no custo da sua produção. Observe que os custos de defensivos, fertilizantes e adubos são em grande parte cotados em dólar. Se o dólar eventualmente está bom para vender, não estará bom para comprar. E esse equilíbrio entre gastos e faturamento é fundamental ", orientou.


Outro ponto levantado por Souza diz respeito à taxa de juros elevada, ao redor de 13%, ou seja, o crédito está muito caro, até por um número crescente de pedidos de recuperação judicial de produtores pessoa física nos últimos anos. Com relação ao milho, Souza destacou a necessidade de investir mais em biodiesel e etanol para reduzir a dependência de venda para o mercado chinês.


A 35ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas é uma realização da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e correalização da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), além do Patrocínio Premium do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) e apoio da Prefeitura Municipal de Capão do Leão. O evento tem como tema “Produção de Alimentos no Pampa Gaúcho - Uma Visão de Futuro”. Mais informações pelo site colheitadoarroz.com.br.

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