Interrompida após um temporal em novembro do ano passado, a final do ciclo do Freio do Proprietário de 2021, promovida pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), foi retomada neste final de semana. Os conjuntos retornaram à pista da raça no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), e deram continuidade na prova a partir do ponto onde havia sido paralisada.
A conclusão neste domingo, 6 de fevereiro, da 11ª edição da modalidade foi marcada pelo sentimento de resistência e dever cumprido. Com os obstáculos superados pelo enfrentamento ao coronavírus e a força da natureza, as categorias Amador A e Master A incluíram mais oito nomes no hall de vencedores da modalidade.
Na categoria Amador A, o estudante e ginete João Victor Casagrande subiu ao pódio mais uma vez em uma final da raça Crioula. Ele já foi Freio de Ouro e Alpaca Jovem 2020, na categoria Juvenil, e Freio de Bronze Jovem em 2021, na categoria Júnior. Natural de Pato Branco (PR), chegou na frente dos demais competidores com a média de 12.284, montando Odilo Namorada, mesma fêmea com quem levou o prêmio máximo no Freio Jovem 2020. Para João Victor, estrear na modalidade com o troféu dourado na categoria é a certeza de que está no caminho certo. “Primeiro ano correndo na Amador A, vindo do Freio Jovem, e começar com o pé direito é uma emoção”, afirmou.
Na categoria Master A, o ginete campeão Hendrik Barcelos Platte já fez história em outras modalidades como Movimiento a La Rienda, Ranch Sorting, Campereada e Crioulaço, além de, atualmente, ser o presidente do Núcleo de Viamão de Criadores de Cavalos Crioulos de Viamão (NVCCC). Montando Vendaval da Lua Branca, conquistou o Freio de Ouro nesta final do Freio do Proprietário após atingir a média total de 10.219 pontos. Emocionado, destacou a importância a prova. “Ela eleva não só a qualidade do Cavalo Crioulo, mas também exalta as famílias e o espírito de amizade. É imensurável, emocionante demais, a participação numa prova dessas”, salientou.
No sábado, dia 5 de fevereiro, foi o momento de decisão nas categorias Amador B, Master B e Feminina. Participante do Freio do Proprietário desde 2016, Roberto Dimas Ribeiro do Amaral trouxe para este ciclo da competição, diretamente de Lages (SC), três animais do seu Rancho Rochedo. Competindo na categoria Amador B, o ginete encerrou o dia com um pé em cada uma das posições mais altas do pódio: levou o Ouro com Original do Ouriço, alcançando 10.031 pontos de média, e a Prata com Itaipu do Capão Redondo, que até a última etapa de provas vinha liderando o ranking.
Já a categoria Master B também teve “dobradinha” no topo do pódio: quem levou os melhores troféus foi Sandro Rogério Facco, com Marechal 3850 da Tradição no primeiro lugar e Nippon do Pontal no segundo. Apesar de ter a experiência de quem já foi Bronze e Alpaca em 2017, Ouro e Prata em 2018, Ouro e Bronze em 2019 e Prata em 2020, além de Ouro na competitiva Supercopa do Proprietário, para Sandro, a disputa do Freio é sempre um desafio. Com o cavalo vencedor, Marechal 3850 da Tradição, Sandro atingiu 9.996 pontos de média total; com Nippon do Pontal, ele fez as melhores médias de todas as etapas da primeira fase da competição: Andaduras, Figura, Volta sobre Patas e Esbarradas e Mangueira I. Não deu outra: ele ainda levou o prêmio de ginete destaque na categoria Master B.
Competindo com doze outros conjuntos, Luiza Fillipin Elias não iniciou sua jornada nesta Final muito perto do topo. Após cumprirem a etapa de Andaduras, Figura, Volta sobre Patas e Esbarradas, ela e a égua Noche Oscura da Bela Aliança ficaram no oitavo lugar do ranking; prova após prova, porém, o conjunto se superou: passaram para a sexta, terceira, até chegarem à sonhada primeira colocação, com o alcance de notáveis 16 pontos de média na prova de Bayard-Sarmento, e 10.128 pontos de média total. A vitória foi uma bela surpresa.
Os resultados completos de todas as categorias podem ser conferidos no site da ABCCC em www.abccc.com.br.
Fotos: Felipe Ulbrich/Divulgação
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