Professores e diretores das escolas agrícolas estaduais acompanharam quatro dias intensos de debates, visitas e troca de experiências com cases de sucesso de produtores familiares, ofertados pelo 39º Encontro Estadual de Professores do Ensino Agrícola, que iniciou no último dia 13 de novembro e se encerrou neste sábado, 16 de novembro. Organizado pela Associação Gaúcha de Professores Técnicos de Ensino Agrícola (Agptea), o evento teve como sede a cidade de Santa Rosa, na Fronteira Noroeste do Rio Grande do Sul.
O presidente da Agptea, Fritz Roloff, avaliou como positivo o Encontro, colocando que foram traçados objetivos que pudessem também levar aos participantes uma visão tanto das questões ambientais quanto de produção e também de inovação tecnológica, “além das questões fundamentais de currículo, que cada vez mais precisam ser rediscutidas”. Lembrou que o governo do Estado acabou de emitir novos pareceres que redefinem a carga horária do Ensino Médio e que mexem com a estrutura dos cursos técnicos. “Então, nós conseguimos trazer para cá especialistas e também o presidente do Conselho Estadual de Educação”, salientou. “O evento, com certeza, ficará marcado pelas discussões e contribuições que tivemos e que podem ser efetivadas nas escolas. Contribuições que os professores podem, em suas unidades escolares, viabilizar junto aos seus alunos”, enfatizou
De acordo com Fritz, essa é a grande colaboração que a Agptea consegue dar, no sentido de viabilizar que os professores, que vêm ao Encontro, possam despertar novas ideias e instigar mais os seus alunos para a pesquisa, assim como também motivar os seus colegas de que nem tudo está errado. “Muitas vezes, a gente vê que outras escolas têm os mesmos problemas e que o nosso trabalho não é tão ruim como achamos. Ou então, conhecem outras alternativas, outras formas de pensar, que podem ser também executadas nas unidades de cada um”, reforçou.
O presidente da Agptea afirmou que é importante mostrar para os diretores de que as suas escolas, nas suas cidades, nas suas regiões, são laboratórios. “Muitas vezes a própria escola não mostra a importância do seu trabalho. Nós temos vários exemplos de pessoas da comunidade, onde fica uma determinada instituição de ensino, dizerem que não sabem o que está sendo feito. Com isso, bons trabalhos ficam entre quatro paredes e só em nível de aluno e professor. Portanto, precisamos instigar essas escolas a abrirem as suas portas e convidar a comunidade”, aconselhou.
O Encontro Estadual de Professores do Ensino Agrícola é realizado anualmente e a cada edição leva a sua programação para cidades diferentes por todo o Estado. Para 2025, quando o evento atinge a sua 40º edição, Roloff sinalizou que a intenção é promovê-lo em algum município da Grande Porto Alegre. “A nossa ideia é comemorar de forma bem forte, bem visível esse 40º Encontro”, finalizou.
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