O Painel “Gestão Financeira e Estratégica" realizado nesta quarta-feira, 15 de fevereiro, dentro da programação de palestras da 33ª Abertura Oficial da Colheita de Arroz e Grãos em Terras Baixas, abordou temas como gestão e expansão. Foram painelistas o economista-chefe do Sistema Farsul e proprietário da Agromoney, Antônio da Luz, e o diretor da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e presidente da Cooperativa Arrozeira Palmares, José Mathias Bins Martins, que também é produtor rural em Mostardas (RS). A moderação foi do vice-presidente da Federarroz, Roberto Fagundes Ghigino.
Primeiro a falar, da Luz trouxe uma análise da expansão da Empresa Terra Santa SA que foi adquirida posteriormente pela SLC. De acordo com o economista, a empresa passou por dificuldades após investir no crescimento de sua produtividade sem levar em consideração a parte financeira no momento em que decidiu buscar eficiência operacional para obter rentabilidade nos negócios. “Gestão requer dados, sobretudo financeiro. Nos processos de expansão primeiro é preciso ver como está a sua liquidez. Se vou ampliar tenho que aumentar o meu capital de giro. Isto é muito importante”, destacou.
Da Luz finalizou sua palestra afirmando que crescer exige cuidados, cada passo deve ser avaliado. Para se ter bons resultados é preciso produzir com eficiência, pontuou o economista. “Não se deve sair crescendo antes de ver a parte financeira, pois isto aumenta o nosso risco. Existem métricas para fazer a gestão de uma empresa e alcançar bons resultados”, afirmou.
Na sequência, Martins falou sobre o trabalho desenvolvido pelo Grupo Cavalhada que surgiu após uma fusão em 2019 entre Sementes Cavalhada e Parceria Cavalhada, que teve como foco inicial a redução de custos de investimentos e operacionais. “A partir desta fusão passamos a ter novas oportunidades de negócios. Hoje compartilhamos conhecimento, capital humano, maquinário, estruturas e estoque”, destacou, lembrando que a localização entre a Lagoa dos Patos e o mar, possibilita água em abundância. “Também temos um clima mais ameno em relação às outras regiões do Estado, o que é positivo para conseguirmos um grão de qualidade”, ressaltou.
Martins salientou os pilares desta parceria que são confiança, plantio direto, consultorias em comum e visão e objetivo de negócio. Sobre o plantio direto, o produtor rural lembrou que com a sua utilização nos últimos dez anos, houve uma evolução muito positiva do solo que antes era fraco. Sobre os benefícios da fusão, ele citou diluição de riscos, expansão dos negócios, otimização e racionalização de estruturas, máquinas e manejo.
A 33º Abertura Oficial da Colheita de Arroz e Grãos em Terras Baixas é uma realização da Federarroz, com a correalização da Embrapa e Senar/RS e patrocínio Premium do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Irga.
Foto: Paulo Rossi/Divulgação
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