O ano termina com boa notícia para os produtores de pecan. É que o governo federal, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária, atualizou os registros de produtos fitossanitários para o setor. Desde a movimentação da cadeia produtiva, iniciada em 2018, até agora, 25 produtos tiveram sua autorização de extensão publicada no Diário Oficial da União.
Conforme o pesquisador da Embrapa, Carlos Martins, a pecanicultura conta, agora, com nove fungicidas, três inseticidas, um bactericida fungicida, quatro acaricida inseticidas e nove herbicidas listados com extensão de uso pelo programa Culturas de Suporte Fitossanitário Insuficiente (CSFI), que após inclusão no Agrofit, programa do Ministério da Agricultura que estabelece e disponibiliza os produtos possíveis de serem manejados e empregados dentro dos pomares. “Ou seja, são em torno de 25 produtos biológicos e químicos que podem ser recomendados por engenheiros agrônomos e técnicos habilitados para fazer o controle fitossanitário de problemas como, por exemplo, distúrbios biológicos, que podem estar acontecendo nos pomares”, esclarece o pesquisador.
A luta pelo registro de produtos a serem manejados nos pomares iniciou em 2018, quando a Nogueira Pecã não era reconhecida dentro do Ministério da Agricultura como uma cultura que tivesse produtos fitossanitários registrados. A partir daí, em uma ação conjunta entre Embrapa, Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan), Câmara Setorial da Nogueira-Pecã e o programa Pró-Pecã do governo estadual gaúcho, foi realizada uma solicitação legal para a inclusão da Nogueira Pecã no chamado Culturas de Suporte Fitossanitário Insuficiente também conhecido como grupo dos Minor Crops.
Com a inclusão da Nogueira-Pecã foi possível que as empresas fizessem a extensão de uso, registrando produtos para que pudessem ser utilizados pelos pecanicultores, ou seja, a grande maioria destes produtos foram registrados a partir da mobilização da cadeia produtiva seja IBPecan, Embrapa, Secretaria da Agricultura ou Câmara Setorial.
O presidente do IBPecan, Eduardo Basso, celebrou a conquista do setor. “É um pleito antigo que há muito tempo o IBPecan vem trabalhando junto ao Mapa e que finalmente os técnicos terão essas ferramentas para fazer com que os resultados na pecanicultura melhorem. Um momento bem importante e com certeza vai trazer resultados no curto prazo para todos os produtores do Brasil”, afirmou. O dirigente ainda ressaltou que é muito importante para a pecanicultura brasileira, especialmente no Rio Grande do Sul, aumentar a produtividade média por hectare e que é preciso sair de um patamar de 800 a mil quilos por hectare para chegar próximo entre 1,5 mil e 2 mil quilos.
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