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Seminário vai abordar sistema nervoso das abelhas e relação com o meio ambiente


A relação das abelhas com o meio ambiente e o funcionamento de seu sistema nervoso estarão em pauta durante o Primeiro Seminário de Meliponicultura da Região Noroeste, em Horizontina (RS). No dia 30 de abril, durante o evento promovido pela Associação de Meliponicultores do Vale do Alto Taquari (Amevat), o doutor Althen Teixeira Filho, professor de Anatomia do Instituto de Biologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), vai palestrar sobre "Sistema nervoso, Fauna Edáfica, Abelhas e Agrotóxicos".


Conforme o especialista, a ideia é abordar a importância dos sistemas nervosos, ou seja, como os organismos, de forma geral, adequam-se e têm relação com o meio ambiente. "Eles necessitam dessa relação para saber o que se passa ao seu redor, buscando o equilíbrio interno e com isso ter uma adequação às alterações onde estão inseridos. Esses sistemas nervosos trabalham a partir de uma célula chamada de neurônio”. Todos os animais apresentam neurônios? E a resposta é sim, todos apresentam essas células para fazer essa adequação ao meio ambiente. “E os insetos também apresentam neurônios", destaca.


Sobre a fauna edáfica, Teixeira Filho explica que são os elementos biológicos, seres na natureza, excluindo os vertebrados, que estão dispersos em um solo sadio. "Isso é chamado de fauna edáfica e é ela que vivifica o solo, dando-lhe energia, substrato e nutrição, sendo um fator importantíssimo da nutrição das plantas. Esse metabolismo é fundamental para a terra, sendo que esses seres da fauna edáfica também apresentam suas estruturas neuronais”, frisa.


Conforme o doutor, e como assunto central, será abordado o sistema nervoso das abelhas, as quais apresentam um cérebro muito complexo. "Elas têm uma organização nervosa muito desenvolvida que é responsável por orientação, olfação, gustação, visão diferenciada. Elas são inteligentes, aprendem e repassam o aprendizado. São seres extremamente sociais", explica.


O professor da UFPel abordará o tópico sobre os agrotóxicos. Teixeira Filho lembra que quando se oferece no mercado um agrotóxico que mata um determinado inseto, esse veneno também agride, interfere e mata outros insetos de forma geral. "Não existe essa especificidade que o mercado salienta para matar um inseto mas não outro. Isto é uma burla científica. Vamos falar dos agrotóxicos, qual o seu propósito e a não necessidade deles para a produção agrícola. Claro que falamos de uma produção agrícola racional e voltada para a produção de alimentos saudáveis. O que temos hoje é um agrobusiness negocial, onde o alimento foi transformado em moeda de mercado, que são as commodities", ressalta.


O Primeiro Seminário Noroeste de Meliponicultura ocorrerá nos dias 29 e 30 de abril no CTG Carreteiros de Horizonte. Além da Amevat, o evento também é realizado pela Prefeitura Municipal e Câmara de Vereadores de Horizontina e Emater, e conta com o apoio de MaxBem, Agptea e Agronatur. As inscrições para o seminário podem ser feitas nos dias do seminário.

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